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- 08 jan 2014
- Artigos
O que é necessário para atingir a felicidade? Distinguir quais são as nossas reais necessidade e quais são as crenças impostas pela atual sociedade de consumo é o primeiro passo para essa identificação. Diariamente criamos falsas carências, influenciados pelas propagandas, novelas, familiares e amigos, somos engolidos pelo inconsciente coletivo do capitalismo selvagem.
Buscando preencher o vazio interior nos bens materiais se inicia a problemática, assim aparecendo distúrbios psicológicos como a compulsão pelas compras, os vícios em bebidas e nas drogas. A mente nos leva a acreditar que sempre haverá algo que certifique a nossa felicidade, ela é uma incansável criadora de desejos, seja um objeto, uma pessoa ou uma situação.
Os grandes mestres orientais do budismo nos ensinam que cada desejo, quando satisfeito, é substituído imediatamente por outro, num ciclo sem fim. Logo, a frustração é o sentimento que está na origem desses distúrbios. Enquanto a busca pela felicidade for realizada fora de si, infelizmente nunca será alcançada.
A felicidade é um estado de consciência, ela está dentro de nós. Nossas carências devem ser preenchidas em nosso interior com o despertar da consciência para o que é simples e puro, para tudo que está na fonte original do ser, nossa alma. Somente pelo caminho da iluminação vamos encontrar respostas para o que de fato necessitamos. Dessa forma, conseguimos nos libertar da prisão ilusória da mente obsessiva, sempre desejosa de possuir o que quer que seja.
A mente é a grande criadora dos obstáculos que nos separam da nossa felicidade, a nossa sociedade valoriza o racionalismo e subestima os sentimentos, perdemos a habilidade de sentir e guiar nossa felicidade pelo chamado do coração. Desde pequenos, somos treinados a suprimir nossos sentimentos. Quando a criança se expressa através do choro é desestimulada, porém recebe aprovação dos pais quando pára de manifestar seu sentimento de incômodo.
Todos nascem preparados para a felicidade; para estarmos vivos temos um coração que sente; o pensamento é ditado pela sociedade em que estamos incluídos. Nossa identificação verdadeira é com nossos sentimentos, sentir é mais real do que pensar, sentir é mais natural do que pensar. É difícil sair deste condicionamento, mas é possível, quando entramos em contato com a alma e atuamos com a consciência.
O sentir do coração é o chamado da consciência, é o grito da alma que nos conduz ao caminho da verdadeira felicidade.
Gisela Campiglia
Palestrante, estudo e pratico Auto conhecimento desde 1985, hoje compartilho essa Sabedoria. Formação: Psicologia Junguiana, Física Quântica, Bioenergia, Metafísica e Espiritualista. Saiba mais sobre mim...