Generosidade

  • Generosidade

    Ao ler esta palavra já sentimos bem-estar; generosidade é uma atitude abençoada, que presenteia tanto aquele que pratica, como aquele que recebe. A generosidade é o oposto do egoísmo, enquanto o generoso divide e sabe oferecer, o egoísta só pensa em acumular querendo tudo somente para si.

    O desapego é parte da generosidade, não é possível ser generoso quando não sabemos ser solidários, compartilhando aquilo de temos.

    “Certo dia, um jovem discípulo chamado Daniel foi de ônibus ao centro da cidade, junto com seu mestre Jonas Pahnu.

    Porém, ao subir no veículo, um dos chinelos de Jonas escapou-lhe do pé e caiu para o lado de fora. A porta do ônibus se fechou e o veículo saiu, tornando impossível recuperar o chinelo perdido.

    Imediatamente, Jonas tirou seu outro pé de chinelo e o jogou pela janela, de modo que caísse o mais próximo possível do seu par.

    Daniel, sem entender a atitude de Pahnu, perguntou-lhe:
    – Mestre, por que fez isso?
    – Isso o que Daniel?
    – Você jogou o outro chinelo pela janela e ficou totalmente descalço. Por que?

    E Jonas respondeu naturalmente:

    – Desse modo, a pessoa que encontrar um dos chinelos, encontrará também o outro. E poderá usá-los. De nada adiantaria para essa pessoa encontrar apenas um pé de chinelo, e nem me adiantaria ficar apenas com a outra metade do par.

    Juntos, os dois chinelos podem continuar a cumprir o seu propósito de agasalhar os pés de quem deles necessite.

    Jonas sorriu e Daniel entendeu o verdadeiro sentido do desapego e da solidariedade e ficou ainda mais feliz com a sabedoria e a grandeza de coração de seu mestre”.
    Texto de Gilberto Cabeggi.

    No texto acima, vemos um exemplo de altruísmo. Generosidade pode ser confundida com altruísmo, ambas são doações, mas ocorrem em contextos diferentes. No altruísmo, não se conhece os beneficiários, já a generosidade é praticada às pessoas com as quais convivemos, pessoas conhecidas.

    Há apenas um perigo oculto em algumas ações generosas, é quando a vaidade se encontra velada por trás da atitude, não existe compaixão. Ocorre nas situações onde aquele que oferece a ajuda age em benefício próprio, ou seja, se utiliza da “generosidade” para sentir-se mais forte e poderoso do que aquele que recebe.

    Mesmo as boas intenções devem ser praticadas com cautela! Ter a delicadeza de não cobrar reconhecimento referente à ação oferecida é um grande desafio. Usar de bom senso e não exagerar na dose de generosidade é essencial, evitando que o beneficiário torne-se dependente.

    De acordo com a lei universal da atração, quando praticamos a generosidade, estamos sinalizando ao universo que somos possuidores. Podemos ser possuidores de amor, de recursos financeiros, de sabedoria. A generosidade pode ser utilizada de muitas formas; o fato é que temos algo para oferecer. Em sintonia com a lei da atração, a vida nos encaminha mais daquilo que estamos oferecendo.

    Na prática da compaixão, a generosidade aflora naturalmente como uma bênção de solução a favor das necessidades do próximo.

    Namastê, Gisela!

    Gisela Campiglia

    Palestrante, estudo e pratico Auto conhecimento desde 1985, hoje compartilho essa Sabedoria. Formação: Psicologia Junguiana, Física Quântica, Bioenergia, Metafísica e Espiritualista.  Saiba mais sobre mim...