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- 13 mar 2014
- Artigos
Antigamente a educação repressora era praticada pela família e nas escolas. Os pais batiam nos filhos, e os professores agrediam alunos com o uso da palmatória. Cientes de que violência não é solução, caminhamos para o outro extremo, o excesso de liberalismo e a superproteção.
No passado a mulher não trabalhava e tinha a oportunidade de atuar integralmente como mãe, cuidava de seus filhos e os direcionava para a vida adulta. A criança tinha medo de desobedecer aos pais, pois seria punida fisicamente. Profissionalmente a criança era educada para dar continuidade ao negócio da família. Participava, mesmo que indiretamente, das crises vivenciadas pelos pais, conhecia a frustração desde cedo. A própria criança é quem trabalhava a sua motivação, e por vezes também vivia momentos de tédio, assim sendo forçada a desenvolver sua criatividade. Nas festinhas infantis participava com entusiasmo, organizando brincadeiras, aplicando regras e premiações. Desta forma, desenvolvia competências importantes para sua atuação futura como adulto.
Hoje os pais trabalham fora e tem pouco contato com as crianças, culpados por isso, evitam que os filhos sejam contrariados; tristeza, tédio e solidão são proibidos. Atualmente existe a crença de que os filhos precisam ser “poupados” de problemas. É obrigatório que a criança tenha sempre bons programas para curtir, amigos para brincar, computador para jogar, além de ter uma mesada para gastar. Todo o estímulo motivacional é externo. O professor deve motivar o aluno, os monitores devem animar as festas de aniversário, os pais devem comprar inúmeros presentes; os quais satisfazem aos filhos momentaneamente. A criança apenas reage a estímulos externos, não sabe praticar a automotivação, acabando por acreditar que o mundo é um local de diversão.
No entanto, a vida adulta de qualquer pessoa exige autonomia, responsabilidade, cumprimento de regras, além de alta capacidade em lidar com a frustração e solucionar problemas. Os pais são um veículo do saber no mundo para seus filhos. Faça a sua parte agora, e desfrute de paz e alegria no futuro, comemorando o sucesso de seus filhos.
Os problemas de comportamento devem ser resolvidos com conversa, mas não de forma unilateral, e nunca na hora do nervosismo. O entendimento de que as regras existem para que as coisas funcionem de forma mais segura e organizada, tira o enfoque negativo sobre as normas de conduta. Por exemplo: Semáforo existe para que o trânsito possa fluir com segurança e rapidez, caso contrário todos tentariam passar ao mesmo tempo, criando caos e acidentes.
Ao se instalar um conflito os pais devem acolher os filhos, mostrar interesse pelo assunto, e expor sua cumplicidade como conhecedores de tal situação. Passar seu ponto de vista, e Perguntar a opinião da criança sobre o fato. Convide seu filho a participar na solução do problema, coloque a responsabilidade Também nas mãos dele. Desta forma ele desenvolverá criatividade, responsabilidade e autonomia. Uma vez que a ordem estiver reestabelecida, fortaleça a autoestima da criança com seu reconhecimento, elogie a boa mudança de comportamento.
Caso a conversa não funcione, o filho deve compreender que em todas as instituições existe alguém que manda. Na classe o professor, nos países o presidente, em casa os pais. O filho deve cumprir as regras, ou haverá uma reação punitiva. Falhas graves não podem ser ignoradas. Essa punição será privativa, temporariamente a criança ficará impossibilitada de realizar alguma atividade de que gosta muito. O motivo da privação, e o tempo de sua duração, devem ser claramente explicados. Limites são Necessários e saudáveis para o desenvolvimento humano, tanto na vida como em casa, toda ação tem reação. Seu filho deve saber que seu amor por ele é incondicional, mas seu apoio e admiração estão condicionados ao merecimento dele. O que é errado, não será admirado e apoiado!
O objetivo dos pais é viabilizar o desenvolvimento de competências em seus filhos. Através da educação e do próprio exemplo, precisam encaminhar a criança para que ela tenha autonomia física, intelectual, emocional e econômica.
Uma criança que se desenvolveu baseada em estímulos externos, será uma dependente eterna, pois não aprendeu a acreditar em si mesmo para solucionar problemas. Poupar a criança de contrariedades, ou seja, superprotege-la, resultará em inabilidade de superar frustrações. Com esse modelo educacional será difícil formar um adulto capaz de enfrentar os desafios da vida.
Gisela Campiglia
Palestrante, estudo e pratico Auto conhecimento desde 1985, hoje compartilho essa Sabedoria. Formação: Psicologia Junguiana, Física Quântica, Bioenergia, Metafísica e Espiritualista. Saiba mais sobre mim...