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- 04 dez 2013
- Artigos
Ser responsável é imprescindível; nosso comprometimento sincero com nossos objetivos viabiliza realizações, porém, a competitividade no mundo de hoje nos motiva à autocobrança excessiva.
Buscamos ser sempre produtivos, estar de bom humor, bem apresentados, cultivando boas relações; vivemos perseguindo perfeição, mas isso não pode acontecer a qualquer preço.
Diferente daquilo que as pessoas mostram nas redes sociais, temos nossos altos e baixos, deparamo-nos com pessoas, situações e dias difíceis; sendo natural ficarmos aborrecidos, menos produtivos, ou até mesmo perdidos. O autorrespeito inclui considerar esses momentos, apesar de desagradáveis. Cobrar-nos a seguir a rotina diária, quando estamos debilitados emocional ou fisicamente, é como empurrar o lixo para baixo do tapete, apesar de ter sido ignorado, o lixo está lá; com o tempo, o cheiro ruim aparece.
Acolher nossas dores é muito importante, dando-nos permissão para viver a tristeza, a fragilidade, o isolamento e a cura, com o propósito de digerir os problemas que a vida apresenta. É preciso coragem para momentaneamente dizer “não” aos compromissos e pessoas. Parar tudo, fazendo uma introspecção nessas situações é sinal de autorrespeito.
Vivenciando o caos, liberamos o sentimento de angústia, esvaímos sua energia e voltamos a um estado emocional mais saudável, para elaborar os fatos e compreender as causas do problema. Dessa forma, é possível utilizar o aborrecimento para nosso aprendizado de vida, identificando qual é a nossa parcela de culpa no surgimento do problema, assim como a parte que não nos compete. Através desta análise, encontramos uma solução eficaz para a situação conflitante e evitamos uma nova ocorrência do mesmo problema.
O ser humano não funciona como um robô e mesmo as máquinas, ocasionalmente, precisam de uma pausa para a realização de manutenção; caso contrário, acabam ficando inutilizadas. Respeite-se, dando-se o direito ao cansaço, à doença, à confusão mental e emocional. Tenha consigo a mesma paciência e carinho que se tem com um filho pequeno.
Não queira emagrecer todos os quilos extras que você adquiriu em um ano, apenas nos quatro meses que antecedem o verão. Não inicie um relacionamento amoroso com alguém não compatível, só para não ficar sozinho(a). Não aceite mais trabalho, quando você está com dificuldade em realizar aquele que já foi assumido. A sobrecarga pode ser levada com dificuldade por certo período, mas, com o tempo, nossa estrutura se rompe trazendo prejuízos.
Valorize e respeite suas vitórias, mas não deixe de fazer o mesmo com seus conflitos e dores. Pare, vivencie, elabore e aprenda com os problemas. Saiba dizer “não”, todas as vezes que você não estiver em condições de atuar no seu melhor, pratique o autorrespeito.
Quando você se respeita, a vida o respeita!
Gisela Campiglia
Palestrante, estudo e pratico Auto conhecimento desde 1985, hoje compartilho essa Sabedoria. Formação: Psicologia Junguiana, Física Quântica, Bioenergia, Metafísica e Espiritualista. Saiba mais sobre mim...