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- 11 dez 2013
- Artigos
Todo ser humano sofre um grau de rejeição; durante o processo de educação é necessário dar limites, rejeitando comportamentos espontâneos da criança que não se enquadram nos valores culturais e sociais da sociedade em que vive. Antigamente, o uso da educação punitiva era normal, somente os fortes sobreviviam a esse processo sem ter sua autoestima marcada.
O ideal é explicar o motivo pelo qual o comportamento da criança está inadequado, mostrando seu desdobramento e consequências negativas. Infelizmente, por falta de esclarecimento dos pais, ou mesmo falta de paciência, não se justifica as razões da rejeição, utilizando-se apenas da crítica destrutiva.
Dependendo do tipo de educação recebida, e do nível de sensibilidade da criança, é possível que se instale um distúrbio de comportamento desde a infância, o complexo de rejeição. Se não for tratado, a pessoa irá carregá-lo pelo resto da vida, influenciando seu desenvolvimento pessoal negativamente. As oportunidades perdidas são muitas, pois devido ao medo da rejeição, as iniciativas são reprimidas, deixando-se de fazer várias coisas. Até mesmo o fato de pedir uma informação a um desconhecido na rua pode ser bloqueado.
Sendo um ser gregário por natureza, o ser humano tem a necessidade de ser aprovado, sentindo-se ofendido quando é rejeitado. A rejeição mostra que temos limites, não podemos ter tudo que queremos, nem agradar a todos, somos forçados a lidar com o sentimento de frustração e impotência. A rejeição dói muito, possibilitando a criação de perigosas crenças negativas a respeito de si.
Quando somos rejeitados, automaticamente buscamos uma explicação; porém, quando estamos envolvidos emocionalmente, falta-nos a capacidade de uma visão ampliada. Muitas vezes, o motivo real da rejeição não é pessoal, a situação, o momento ou as circunstâncias são as reais causas da negação.
Uma demissão no trabalho pode ocorrer devido ao corte de despesas na empresa, não estando vinculado à nossa incapacidade. Muitas vezes, a rejeição é para uma situação que você representa; pessoas que atuam na área de vendas convivem intimamente com a rejeição, não se tratando de motivo pessoal. Aquele caso romântico que não se transformou em namoro ou casamento, não caracteriza necessariamente faltas pessoais do rejeitado. Pode ser um problema do outro (a); a pessoa apenas não estava pronta para assumir nenhum compromisso naquele momento.
Ao longo da vida, seremos rejeitados diversas vezes, não há como evitar, o que depende de nós é identificar se essa vivência criou a crença destrutiva de que há algo errado conosco. O sentimento de culpa é um sinal de que nossa autoestima foi abalada, tornando-nos pessoas fechadas, amargas e inseguras. Aceitar como verdade o fato de não sermos bons o suficiente é um grande e triste equívoco. Podemos ter limitações em algumas áreas, mas desvalorizar-se é pura ilusão, todos possuem qualidades mesmo estando cegos para elas.
Não leve todas as rejeições para o lado pessoal; diferente daquele que o rejeitou, seja generoso consigo, mantenha a autoconfiança, nunca desista de si.
Gisela Campiglia
Palestrante, estudo e pratico Auto conhecimento desde 1985, hoje compartilho essa Sabedoria. Formação: Psicologia Junguiana, Física Quântica, Bioenergia, Metafísica e Espiritualista. Saiba mais sobre mim...