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- 24 set 2014
- Artigos
A maturidade emocional está diretamente ligada à nossa autoaceitação e ao nosso senso de comunidade. Atua-se com a liberdade de agir sem buscar aprovação ou permissão, no entanto, não há o comprometimento do direito alheio.
A idade colabora para o alcance desta maturidade, mas isso não ocorre obrigatoriamente. Alguns idosos são imaturos emocionalmente, enquanto outros mais jovens já gozam dos benefícios desta sabedoria. O equilíbrio emocional e a capacidade de lidar com conflitos definem o nível de maturidade emocional de cada um.
Cada pessoa apresenta uma mescla de três tipos de personalidade: a dependente, a controladora e a competitiva. Cada uma delas se apresenta dominante em certas fases da infância, mas, algumas pessoas têm um período fortemente marcado em uma dessas etapas; resultando na preponderância deste tipo de personalidade pelo o resto da vida. Ao atingir a vida adulta, o equilíbrio entre esses tipos de personalidade é um atributo indispensável para a maturidade emocional.
A personalidade dependente é intensa na tenra infância, quando existe a necessidade de que outra pessoa atue garantindo a sobrevivência do bebê. A personalidade controladora se manifesta ativa quando existe a necessidade de domínio da linguagem e do corpo; os mecanismos de controle entram em ação. Já a personalidade competitiva aflora nos primeiros anos escolares, quando o ser começa a identificar sua existência baseada na comparação.
É importante tornar-se consciente quando um dos três tipos de personalidade se encontra predominante na vida adulta, pois esse desequilíbrio afeta a forma de se perceber a realidade e expressar emoções. Para se alcançar a maturidade emocional, é preciso identificar suas fraquezas e o modo como elas distorcem a sua percepção. Somos a soma de tudo o que nos aconteceu na vida e a forma como reagimos a cada acontecimento traz um resultado, satisfatório, ou não.
Não podemos nos libertar do nosso modo de ser, mas, compreendendo a nós mesmos, podemos trabalhar diferentes aspectos, tornando-nos mais saudáveis, mais honestos, mais assertivos, ou seja, crescendo em direção ao melhor de nós mesmos.
Ao analisar um mesmo fato, podemos verificar como atuam os diferentes tipos de personalidade em sua forma de interpretação e reação sobre a realidade da vida.
Situação: Rejeição do ser amado, o fim de uma relação amorosa.
A pessoa que tem a personalidade dependente quando é obrigada a vivenciar esse tipo de situação fica totalmente desesperada, tem dificuldade de aceitação, suplica e implora para que a relação continue. Sendo dependente, sem o apoio do outro entra em depressão.
Ao viver este mesmo conflito emocional, a pessoa de personalidade controladora persegue, argumenta e explica a situação de forma distorcida, sempre tentando manipular a opinião do outro, exigindo a retomada do romance.
Já a pessoa de personalidade competitiva, a qual nunca admite derrotas, finge que a outra pessoa nunca significou muito em sua vida, faz de conta que em realidade não estava realmente envolvida emocionalmente.
Quando existe maturidade emocional, vivencia-se a tristeza ocasionada pela rejeição sem máscaras, pede-se para conversar, procurando entender o que aconteceu sem manipulações. Em conclusão, encara-se a situação de frente aceitando o inevitável, o fim da relação.Situação: Ferir alguém que você ama.
A pessoa de personalidade dependente pede desculpas incessantemente. Mas, de fato age por medo de perder o amor da outra pessoa, e não devido a um arrependimento real por tê-la ferido.
Ao ferir o ser amado, o indivíduo que tem como característica a personalidade controladora procura deturpar a situação. Aponta a pessoa ferida como a responsável pelo ocorrido, acusa o outro como provocador de tal situação.
As pessoas com predominância de personalidade competitiva tentam fazer de conta que feriram o outro por acidente. Passam a impressão de que estavam apenas fazendo uma brincadeira, tudo não passou de um mal entendido da parte do outro.
No entanto, a postura de quem tem maturidade emocional é de real arrependimento. Isso envolve desculpas, tomada de responsabilidade pela mágoa que causou e desfecho da situação com as devidas providências para uma possível reparação do erro.Sua maior força é a admissão de suas fraquezas; trabalhe o autoconhecimento, conheça suas fraquezas e como elas o afetam. Quando não temos consciência do modo como nossas fraquezas funcionam, ficamos aprisionados por elas e pelas consequências desastrosas que acarretam.
Gisela Campiglia
Palestrante, estudo e pratico Auto conhecimento desde 1985, hoje compartilho essa Sabedoria. Formação: Psicologia Junguiana, Física Quântica, Bioenergia, Metafísica e Espiritualista. Saiba mais sobre mim...